O NASCIMENTO DE MOISÉS (PARTE 1).

Estudo Bíblico sobre a História de Israel. O Nascimento de Moíses (1ª Parte)

Publicado em 29/06/2011 19:30 - Atualizado em 23/07/2011 12:35

Texto Áureo: Êx 2. 23
Hino Sugerido: “Brilha no viver”- Nº 320 – HNC
Texto: Êx 2. 1-10

Exórdio:
1. Contexto do nascimento de Moisés.

Para entendermos o nascimento de Moisés, precisamos ver o contexto que ele nasceu.
O povo estava no Egito, já fazia alguns anos. Eles eram governados por um rei chamado Faraó (Êx 1.8). Esse novo Faraó desprezava a população judia crescente, e, assim tomou algumas medidas para controlá-la.

Primeira medida – aflição dos adultos (vv. 8-14).
Um novo estilo de vida passou então a vigorar para os hebreus. Note a mudança. É uma cena triste. Os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades celeiros, Pitom e Ramessés (v.11).
Ao ler essas palavras aterradoras, não posso senão lembrar-me dos dias sombrios, antes da Segunda Guerra Mundial, quando a sorte do povo judeu em outro país, a Alemanha, mudou tão drasticamente sob o governo de um líder odioso chamado Adolf Hitler. Os judeus não só foram assassinados e enviados para o campo de morte, mas se viram forçados a trabalha em regime de escravidão cruel.

Segunda medida – A matança dos meninos hebreus recém-nascidos (vv 15-21).
Quando essa tática de trabalhar até morrer não alcançou os objetivos de Faraó, ele concebeu um plano mais sombrio. Ele adiantou um pouco mais os ponteiros da perseguição. Ele ordenou o que chamados de infanticídio. Assassinato (v.15).
De acordo com as instruções de Faraó, a parteira hebréia devia prestar toda atenção ao nascimento do bebê. Ela devia descobrir imediatamente o sexo do recém-nascido e matá-lo caso fosse sexo masculino.
Se esse plano tivesse dado certo, o Faraó teria exterminado o povo hebreu. A futura geração de homens estaria morta, e as meninas acabariam casando com escravos egípcios e sendo assimiladas pela raça egípcia.

Terceira medida – o afogamento de bebês do sexo masculino (v.22).
Quando Faraó descobriu que havia sido enganado, mudou seu plano e ordenou a todo o povo que providenciasse para que os bebês hebreus do sexo masculino fossem afogados no sagrado rio Nilo. Os guardas de Faraó não tinham como vigiar cada uma das parteiras hebréias, mas o povo egípcio podia ficar de olho nos escravos hebreus e avisar quando um menino nascia. No entanto, estava para nascer um menino que o Faraó não conseguia matar.

Lições para refletir:

As dificuldades não apagam as promessas de Deus.
Essas pessoas passaram por terríveis problemas, mas Deus prometera: “Enviarei um libertador”.
*Quando as coisas ficam complicadas, é fácil concluir que Deus esqueceu suas promessas. O Livro de Êxodo nos mostra que quando Deus diz: “Prometo isso a você”, ele nunca esquece. Você pode esquecer, eu posso esquecer. A nação inteira pode esquecer, mas Deus não pode esquecer.
Vivemos dias de corrupção, violência e decadência moral. Não pense nem por um momento que Deus tirou férias ou pôs suas promessas em lugar errado. Ele não adormeceu na direção.

2. O tratamento cruel não escapa aos olhos de Deus.
Você às vezes imagina que Deus não nota os momentos e provas difíceis, cruéis, pelos quais passa? É possível que fique tão desanimado, tão magoado, que comece a pensar que Deus está distante de suas circunstâncias ou, se está, não se importa. Essa é uma mentira do diabo.
Deus sempre sabe o que acontece. E Ele se importa muitíssimo. Como vamos ver, ele fará tudo o que é necessário para salvar seu povo. Talvez seja chamando você para sua casa, para estar com ele, ou partindo um oceano ao meio, a fim de que você possa caminhar em terra seca. O livramento dele pode não chegar de acordo com o seu horário, ou da maneira que você espera, mas chegará na melhor hora, na hora certa. Ele não abandonará os que são seus.
Provações pesadas não diminuem o interesse de Deus.
Por mais severa que seja a prova que você tenha de enfrentar, ela nunca irá sobrepujar o interesse dele. Lembre-se de como Deus recompensou as parteiras? Ele tudo vê! Tudo! (Êx 1.20).
Este talvez tenha sido um ano difícil para você. O futuro à sua frente pode parecer sombrio ou ameaçador. Em seus raros momentos de tranquilidade, você pode se perguntar: Onde está Deus? Ele está bem ao seu lado, meu irmão e minha Irma. Nunca o deixou. Jamais tirou os olhos de você, nem sua atenção foi desviada por outros assuntos. Nem mesmo por um segundo. Ele jamais cessou de querer seu bem, pensar em você, considerar suas circunstâncias e amá-lo com uma paixão e intensidade além de qualquer compreensão.
Hudson Taylor escreveu certa vez: “Não importa quão grande seja a pressão; o que realmente importa é onde ela se encontra. Quer se ponha entre você e Deus, quer pressione seu coração”.
Não foi por acidente que você nasceu nesta era especifica, nesta conjuntura da história em determinado país e neste mundo. Deus está buscando homem ou uma mulher que obedeça ao seu propósito e aproveite o dia para glorificá-lo.

Perguntas e Respostas:
1. Por que os egípcios desejavam tornar a vida dos hebreus tão infeliz?
R: De acordo com a razão apresentada por Faraó, a presença de tantos hebreus era um risco para a segurança nacional, uma vez que eram estrangeiros e, se houvesse uma invasão, sem dúvida se tornariam aliados dos inimigos.

2.  As parteiras estavam mentindo para o Faraó?
R: Provavelmente não. Os bebês nasciam antes que as parteiras chegassem, pois, Sifrá e Puá haviam pedido a suas assistentes que se atrasassem!
Segundo Warren W. Wiersbe, a Lei de Deus deixa claro que é tão errado matar quanto mentir, mas há ocasiões neste mundo perverso em que talvez precisemos escolher entre um mal ou menor, por isso precisamos da sabedoria de Deus para nos orientar (Tg 1.5). Os legalistas simplesmente obedecem à lei ao pé da letra, e os pragmáticos fazem o que parece ser certo ou seguro em determinada situação, mas a pessoa que atenta para o que é espiritual procura ter a mente de Cristo. Enquanto este mundo encontra-se do pecado (Rm 8.22), teremos de enfrentar decisões difíceis.

por Rev. Jecimar Sirino Albano